Todos somos seres carentes, e é por causa desta falta tão básica que buscamos, por meio do outro, um lugar que seja acolhedor
Todo mundo quer ser especial e importante para alguém. Desde a infância, buscamos ser a filha amada, inteligente, especial, enfim, um ser querido. Esta necessidade de um reconhecimento nos leva a buscas afetivas, aos longo dos anos, que podem ou não suprir faltas que ficaram lá atrás, como um espaço em aberto.
Todos somos seres carentes, e é por causa desta falta tão básica que buscamos, por meio do outro, um lugar que seja acolhedor. Um espaço que nos transforme em alguém novamente querido e especial (como na nossa infância). Este é o "drama humano", necessitamos sempre do olhar, do presente, da rosa, da joia, enfim, destas promessas que nos garantam um lugar eterno.
Muitas vezes essa nossa vontade de sermos insubstituíveis ao outro acaba sendo também a nossa própria armadilha, pois acabamos presas em uma ilusão que não tem como se sustentar. Aquilo que tanto nos cativa também acaba sendo o nosso "algoz", como nas grandes histórias do amor romântico, em que o final só poderia ser na tragédia de uma morte unida.
Prefiro pensar nos relatos bíblicos que falam do tempo de semear, plantar, colher, arar, tempo de dar um tempo. E por que não deixar que o verdadeiro amor maduro possa se exprimir sem um dia marcado, em seu próprio ritmo e respeitando o seu tempo? Tempo do amor. Tempo da paixão. Tempo da transformação.
Autoria:Dorli Kamkhagi - dkamkhagi@ig.com.br - é doutora em Psicologia Clinica, mestre em Gerontologia e pesquisadora Do Lim 27- Laboratório de Neurociências do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo.
Imagem: Net
"A felicidade é uma estação intermédia entre a carência e o excesso ."
ResponderExcluirBeijo.
Hoje mesmo postei no Arca o seguinte, que tem muito a ver com o seu post: "Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa,
ResponderExcluiro risco de se decepcionar é muito grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer nossas expectativas,
assim como não estamos aqui para satisfazer as delas.
Temos que nos bastar.
Nos bastar sempre e,
quando procurarmos estar com alguém,
fazer isso ciente de que estamos juntos porque gostamos,
porque queremos e nos sentimos bem,
mas nunca por precisar de alguém.
As pessoas não se "precisam".
Elas se "completam".
Não por serem metades,
mas por serem pessoas inteiras,
dispostas a dividir objetivos comuns,
alegrias e vida..."
Beijos e uma ótima semana.
é o risco que temo que correr, quando o Amor nós toca profundamente.
ResponderExcluirLinda reflexão a sua
Meus parabéns, lindo blog
Marcio RJ